sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Zinco

Zinco: (Zn) as maiores concentrações corporais estão na musculatura esquelética (57%), ossos (29%), pele (6%) e fígado (5%), mas as secreções e fluidos corporais também contêm zinco.
Funções:
- estruturaisé altamente concentrado em determinadas áreas cerebrais, retina, fígado, rins, próstata, músculos, cabelos e ossos. O zinco funciona como detrminante da forma e disposição espacial de enzimas e proteínas, assim como na estabilização de certas proteínas ligadas ao DNA.
- enzimáticas: aproximadamente 300 enzimas requerem zinco para sua atividade, dentre as quais centenas de nucleoproteínas que estão envolvidas na expressão gênica.
- regulatórias: o zinco é captado ativamente pelas vesículas sinápticas, atuando na atividade neuronal e na memória. É um fator de crescimento necessário para a síntese protéica, replicação dos ácidos nucléicos, divisão celular, metabolismmo da somatomedina, modulação da prolactina, ação da insulina e hormônios do timo, tireóide, suprarenal e testículos. É necessário para o funcionamento adquado de linfócitos e fibroblastos, o que o torna essencial na defesa imunológica e na cicatrização.
Metabolismo: a quantidade de zinco absorvido da alimentação constitui a principal forma de seu controle corporal. É absorvido ao longo de todo o intestino delgado particularmente no jejuno, através da mediação de carreadores localizados na borda “em escova” do enterócito (atuante para baixas concentrações luminais de zinco) e de difusão passiva. O zinco liga-se à metalotioneína citoplasmática, podendo ser usado pelo enterócito ou passar para a a circulação portal, onde é transportado pela albumina. Eventualmente o zinco é perdido nas fezes, junto aos enterócitos descamados na renovação celular da mucosa. Basicamente a quantidade de zinco corporal é mantida constante no indivíduo adulto pela eficiência da absorção intestinal e pelas perdas fecais de zinco excretado nas secreções digestivas e na descamação do epitélio da mucosa intestinal. A absorção do zinco aumenta quando seus níveis corporais começam a diminuir e vice-versa.
Excreção: o zinco é absorvido e transportado ao fígado pela albumina e daí para outras vísceras, principalmente ligado à albumina, aminoácidos, ou à α2-macroglobulina; a principal forma de eliminação do zinco corporal é pelas fezes, mesmo após longo período de dieta sem zinco, a excreção fecal atinge aproximadamente 1mg/dia. Em condições normais, apenas 400-600µg de zinco/dia são secretados na urina. Em situações anormais, a sudorese excessiva ou as perdas sangüíneas também podem ser importantes.
Hiper: a ingestão de quantidades tóxicas de zinco (100 a 300mg/dia) é rara, mas sabe-se que a suplementação excessiva com zinco interfere na absorção de cobre. Uma forma de toxicidade por zinco desenvolve em pacientes que estão recebendo hemodiálise para insuficiência renal. A toxicidade é caracterizada por anemia, febre e distúrbios do sistema nervoso central. (Mahan, 2005).
Hipo: a deficiência do zinco é causada por uma dieta rica em cereais não refinados e pães não fermentados, que contêm altos níveis de fibra e fitato, os quais se quelam com o zinco no intestino e impedem a absorção. Além de anemia, outros sintomas da deficiência de zinco são: hipogeusia (menor acuidade do paladar), cura demorada de ferimentos, alopecia e diversas formas de lesões de pele. A deficiência de zinco adquirida pode ocorrer como resultado de má absorção, inanição ou aumento de perda por via urinária, pancreática ou outras secreções exócrinas (Mahan, 2005).
Fontes: as principais fontes alimentares de zinco são as carnes bovinas, de frango e peixe, camarão, ostras, fígado, grãos integrais, castanhas, cereais, legumes e tubérculos. Frutas, hortaliças e outros vegetais em geral são fontes pobres em zinco. A interação do zinco com outros nutrientes da alimentação pode aumentar ou diminuir sua absorção.
Recomendações: o ser humano requer zinco em quantidades suficientes para manter o funcionamento adequado do organismo, além de seu crescimento, reprodução e lactação.

Curiosidades: as doenças do trato gastrintestinal freqüentemente são complicadas por deficiência de zinco. A ruptura de integridade do trato gastrintestinal reduz a absorção anormal do zinco.
Bibliografia

1.      DUTRA DE OLIVEIRA, José Eduardo; MARCHINI, J. Sérgio. Ciências Nutricionais. São Paulo:
2.      NETO, Faustino Teixeira. Nutrição Clínica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S.A., 2003.
3.      FRANCO, Guilherme. Tabela de composição química dos alimentos. 9. ed. São Paulo: Atheneu, 2004. 307 p.
4.      MAHAN, L. Kathleen; ESCOTT-STUMP, Sylvia. Alimentos, nutrição & dietoterapia. 11. ed. São Paulo: Roca, 2005. Tradução de: Krause's food, nutrition & diet therapy.
SHILS, Maurice E. et al. Tratado de nutrição moderna na saúde e na doença. 9.ed. Trad. FAVANO, Alessandra et al. São Paulo: Manole, 2003.

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