Zinco: (Zn) as maiores concentrações corporais estão na musculatura esquelética
(57%), ossos (29%), pele (6%) e fígado (5%), mas as secreções e fluidos
corporais também contêm zinco.
Funções:
- estruturais – é altamente
concentrado em determinadas áreas cerebrais, retina, fígado, rins, próstata,
músculos, cabelos e ossos. O zinco funciona como detrminante da forma e
disposição espacial de enzimas e proteínas, assim como na estabilização de
certas proteínas ligadas ao DNA.
- enzimáticas: aproximadamente 300 enzimas requerem zinco para sua
atividade, dentre as quais centenas de nucleoproteínas que estão envolvidas na
expressão gênica.
- regulatórias: o zinco é captado ativamente pelas vesículas sinápticas,
atuando na atividade neuronal e na memória. É um fator de crescimento
necessário para a síntese protéica, replicação dos ácidos nucléicos, divisão
celular, metabolismmo da somatomedina, modulação da prolactina, ação da
insulina e hormônios do timo, tireóide, suprarenal e testículos. É necessário
para o funcionamento adquado de linfócitos e fibroblastos, o que o torna
essencial na defesa imunológica e na cicatrização.
Metabolismo: a quantidade de zinco absorvido da alimentação constitui a principal
forma de seu controle corporal. É absorvido ao longo de todo o intestino
delgado particularmente no jejuno, através da mediação de carreadores
localizados na borda “em escova” do enterócito (atuante para baixas
concentrações luminais de zinco) e de difusão passiva. O zinco liga-se à
metalotioneína citoplasmática, podendo ser usado pelo enterócito ou passar para
a a circulação portal, onde é transportado pela albumina. Eventualmente o zinco
é perdido nas fezes, junto aos enterócitos descamados na renovação celular da
mucosa. Basicamente a quantidade de zinco corporal é mantida constante no
indivíduo adulto pela eficiência da absorção intestinal e pelas perdas fecais de
zinco excretado nas secreções digestivas e na descamação do epitélio da mucosa
intestinal. A absorção do zinco aumenta quando seus níveis corporais começam a
diminuir e vice-versa.
Excreção: o zinco é absorvido e transportado ao fígado pela albumina e daí para
outras vísceras, principalmente ligado à albumina, aminoácidos, ou à α2-macroglobulina; a principal forma de eliminação do
zinco corporal é pelas fezes, mesmo após longo período de dieta sem zinco, a
excreção fecal atinge aproximadamente 1mg/dia. Em condições normais, apenas
400-600µg de zinco/dia são secretados na urina. Em situações anormais, a
sudorese excessiva ou as perdas sangüíneas também podem ser importantes.
Hiper: a ingestão de quantidades tóxicas de zinco (100 a 300mg/dia) é rara, mas
sabe-se que a suplementação excessiva com zinco interfere na absorção de cobre.
Uma forma de toxicidade por zinco desenvolve em pacientes que estão recebendo
hemodiálise para insuficiência renal. A toxicidade é caracterizada por anemia,
febre e distúrbios do sistema nervoso central. (Mahan, 2005).
Hipo: a deficiência do zinco é causada por uma dieta rica em cereais não
refinados e pães não fermentados, que contêm altos níveis de fibra e fitato, os
quais se quelam com o zinco no intestino e impedem a absorção. Além de anemia,
outros sintomas da deficiência de zinco são: hipogeusia (menor acuidade do
paladar), cura demorada de ferimentos, alopecia e diversas formas de lesões de
pele. A deficiência de zinco adquirida pode ocorrer como resultado de má
absorção, inanição ou aumento de perda por via urinária, pancreática ou outras
secreções exócrinas (Mahan, 2005).
Fontes: as principais fontes alimentares de zinco são as carnes bovinas, de
frango e peixe, camarão, ostras, fígado, grãos integrais, castanhas, cereais,
legumes e tubérculos. Frutas, hortaliças e outros vegetais em geral são fontes
pobres em zinco. A interação do zinco com outros nutrientes da alimentação pode
aumentar ou diminuir sua absorção.
Recomendações: o ser humano requer zinco em quantidades suficientes para manter o
funcionamento adequado do organismo, além de seu crescimento, reprodução e
lactação.
Curiosidades: as
doenças do trato gastrintestinal freqüentemente são complicadas por deficiência
de zinco. A ruptura de integridade do trato gastrintestinal reduz a absorção
anormal do zinco.
Bibliografia
1. DUTRA
DE OLIVEIRA, José Eduardo; MARCHINI, J. Sérgio. Ciências Nutricionais.
São Paulo:
2. NETO,
Faustino Teixeira. Nutrição Clínica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan
S.A., 2003.
3. FRANCO,
Guilherme. Tabela de composição química dos alimentos. 9. ed. São Paulo:
Atheneu, 2004. 307 p.
4. MAHAN, L.
Kathleen; ESCOTT-STUMP, Sylvia. Alimentos, nutrição &
dietoterapia. 11. ed. São Paulo: Roca, 2005. Tradução de: Krause's
food, nutrition & diet therapy.
SHILS, Maurice E. et al. Tratado de nutrição moderna na saúde e na doença. 9.ed. Trad. FAVANO, Alessandra et al. São Paulo: Manole, 2003.
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