Cobre: (Cu) o organismo humano contém cerca de 75-150mg de cobre, que se
distribuem pelo fígado, ossos, coração, rins e sistema nervoso, sendo pequena a
quantidade encontrada no plasma em combinação com proteínas. O cobre é um
micronutiente essencial encontrado normalmente no sangue.
Funções: por suas ações bioquímicas, o cobre é essencial para o funcionamento
adequado dos mecanismos de defesa imunológica, para a manutenção de leucócitos
e hemácias, o transporte de ferro, o metabolismo da glicose e do colesterol, a
contractalidade miocárdia e o desenvolvimento cerebral, além da formação e
resistência óssea e crescimento e desenvolvimento das crianças.
Metabolismo: a absorção do cobre ocorre no intestino delgado. A entrada na superfície
da mucosa é pela difusão facilitada e a saída na membrana é por transporte
ativo, porém a difusão facilitada também pode ocorrer. Dentro das células
intestinais de absorção, os íons cobre estão ligados à metalotioneína com
afinidade maior que ao zinco ou outros íons.há evidências de que a quantidade
de cobre absorvido é regulada pela quantidade de metalotioneína nas células da
mucosa. A fibra e o fitato, conhecidos por afetar a biodisponibilidade de
vários minerais, podem inibir levemente a absorção de cobre.
Excreção: Uma vez no trato gastrointestinal, o cobre se torna parte do pool que
pode ser reabsorvido ou excretado, dependendo da necessidade corporal desse
mineral.
Hiper: a toxicidade de cobre pelo consumo de alimentos é considerada
impossível, porém a toxicidade por suplementação excessiva ou por sais de cobre
utilizados na agricultura já foi relatada. A cirrose hepática geralmente se
desenvolve por ingestões tóxicas e também ocorrem anormalidades na formação de
hemácias.
Hipo: a deficiência de cobre é caracterizada por anemia , neutropenia e
anormalidades esqueléticas, especialmente desmineralização. Também pordem
ocorrer outras alterações: hemorragias subperiosteais, despigmentação do cabelo
e pele e formação de elastina defeituosa.
Fontes:
Recomendações: 0,9mg/dia para adolescentes e adultos de ambos os sexos. A ingestão de
cobre deve variam entre 200-220 µg/dia para bebês e entre 340-440 µg/dia para
crianças pequenas. Os bebês prematuros nascem com baixas reservas de cobre e podem
necessitar de cobre da dieta adicional durante seus primeiros meses de vida.
Curiosidades: a Doença de Wilson (degeneração hepatolenticular)é caracterizada por
acúmulo de cobre em excesso nos tecidos corporais, como olhos, como resultado
de deficiência genética na síntese hepática de ceruloplasmina. Uma dieta
estrita vegetariana pode ser benéfica no tratamento de pacientes com Doença de
Wilson, devido ao baixo teor de cobre em frutas e vegetais.
Bibliografia
2. NETO,
Faustino Teixeira. Nutrição Clínica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan
S.A., 2003.
3. FRANCO,
Guilherme. Tabela de composição química dos alimentos. 9. ed. São Paulo:
Atheneu, 2004. 307 p.
4. MAHAN, L.
Kathleen; ESCOTT-STUMP, Sylvia. Alimentos, nutrição &
dietoterapia. 11. ed. São Paulo: Roca, 2005. Tradução de: Krause's
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5. SHILS, Maurice E.
et al. Tratado
de nutrição moderna na saúde e na doença. 9.ed. Trad. FAVANO,
Alessandra et al. São Paulo: Manole,
2003.
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