A interação do
zinco com outros nutrientes pode aumentar ou diminuir sua absorção, assim como a
eliminação da carne em dietas vegetarianas e o aumento da ingestão do conteúdo
de fitatos de leguminosas e grãos integrais. A absorção do zinco é mais baixa
em dietas vegetarianas do que em dietas onívoras.
O zinco é encontrado nos alimentos de origem animal e vegetal. No
organismo humano há maior teor que os outros elementos-traço, só perdendo para
o ferro. São encontradas de 1,3 a 2,5g de zinco no organismo de um adulto, com
maiores concentrações no fígado, pâncreas, rins, ossos e músculos voluntários,
além de ser encontrado também em várias partes dos olhos, glândula prostática,
espermatozóides, pele, cabelo, unhas e secreção das glândulas endócrinas. É
constituinte de muitas enzimas (mais de 200), participando de mais reações
enzimáticas que qualquer outro mineral. Também é necessário para a ação de
vários hormônios, entre eles a insulina, o hormônio do crescimento (GH) e
hormônios sexuais. Dieta rica em proteína promove a absorção do zinco, quando absorvido é levado para o fígado para ser distribuído e em seguida para outros tecidos. A quantidade de
zinco absorvido da alimentação constitui a principal forma de seu controle
corporal. Ele é absorvido ao longo do todo o intestino delgado, em particular no
jejuno.
As fibras ou
fitatos diminuem a absorção de zinco. O cobre e o cádmio competem pela proteína
carreadora. Altas quantidades de ferro e cálcio podem interferir negativamente
na absorção do zinco, sendo que o inverso também é verdadeiro, ou seja, tanto
altas quantidades de cálcio e ferro podem interferir na absorção do zinco, como
o zinco pode interferir na absorção do cálcio e ferro. Também o ácido fólico
pode reduzir a absorção quando a ingestão de zinco é pequena.
As fontes alimentares de zinco são as carnes bovinas, de frango e peixe, camarão,
ostras, fígado, grãos integrais, castanhas, cereais, legumes e tubérculos.
Frutas, hortaliças e outros vegetais em geral são fontes pobres em zinco.
Deficiência
Pode ser causada por decréscimos na ingestão; alterações na digestão,
absorção, utilização; aumento da excreção do mesmo. Alguns sinais e sintomas de
deficiência de zinco são infecções freqüentes e/ou severas; distúrbios de sono
e de comportamento; dificuldade de cicatrização; doenças psiquiátricas; doença
inflamatória do intestino; síndrome metabólica; intolerância à glicose;
síndrome de má absorção; diminuição do apetite/ anorexia; crescimento
retardado; perda de paladar e olfato; maturação sexual retardada; hipertrofia prostática;
decréscimo da visão noturna; impotência/ infertilidade; desordens
dermatológicas (acnes, espinhas); alteração de menstruação; caspas e queda de
cabelo; manchas brancas nas unhas; favorece o abuso do álcool; doença do tecido
conectivo; artrite reumatóide; feridas na boca, língua branca e mau hálito;
exaustão adrenal; letargia; osteoporose (deficiência de zinco pode significar
uma queda de 45% na massa óssea).
Recomendação: Homens - 11mg-dia; mulheres - 8mg/dia; Gestantes - 11mg/dia e lactantes - 12mg/dia, (Fonte: Institute of
Medicine / Food Nutririon Board, 2000).
Referência
HUNT, J. R. Bioavailability of iron, zinc, and
other trace minerals form vegerarian diets. The
American Journal of Clinical Nutrition, 2003; 78 suppl: 633S-9S. Disponível
em: <http://www.ajcn.org>