terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Micromineral: Iodo é armazenado na glândula tireóide..........

Micromineral: Iodo é elemento ultra-traço (em razão de suas pequenas quantidades em tecidos humanos, instrumentação analítica especial e laboratórios modernos para análise de rotina), mineral não essencial, encontrado no corpo em pequena quantidade e medido em microgramas. Tem um papel essencial nos tecidos humanos. O corpo normalmente contém 20-30mg de iodo, com mais de 75% na glândula tireóide e o resto distribuído em todo o corpo. A necessidade dietética do iodo é para síntese de hormônios tireóideos.
Função: o iodo é armazenado na glândula tireóide, onde é usado na síntese de triiodotironina e tireoxina. A captação dos íons iodeto pelas células da tireóide pode ser inibida por bociogênicos (substâncias naturalmente encontradas nos alimentos). 
Metabolismo: o iodo é absorvido na forma de iodeto. Na circulação é encontrado livre e ligado à proteína, porém o iodo ligado predomina.
Excreção: a excreção se dá pela urina, mas pequenas quantidades são encontradas nas fezes como resultado de secreção biliar.
Hiper: a ingestão excessiva a longo prazo pode desenvolver o bócio, distúrbio tireóideo. Mas este papel do iodo ainda não está muito esclarescido.
Hipo: a deficiência de iodo foi praticamente eliminada em muitas nações ocidentais com a iodação do sal. Deficiência grave de iodo durante a gestação e crescimento pós-natal inicial resulta em cretinismo em bebês, síndrome caracterizada por deficiência mental, diplegia espástica ou quadriplegia, surdo-mudez, disartria, um modo característico de andar arrastando os pés, pequena estatura e hipotiroidismo. Esta síndrome pode manifestar com variações menos graves como retardo moderado na maturação intelectual ou neuromotora.
Fontes: água potável, frutos do mar, ostras, sardinhas são as fontes mais ricas. Peixes de água doce em menor quantidade. Leite de vaca e ovos, dependem do teor de iodetos da dieta dos animais. E nas hortaliças varia de acordo com o tipo de solo em que elas cresceram.
Recomendações: a ingestão recomendada para adultos e adolescentes se de 150 µg/dia. Para grávidas é de 220 µg/dia e para lactantes é de 290 µg/dia. Para bebês até 6 meses, 110 µg/dia e para crianças, entre 90 e 120 µg/dia.

Curiosidades: os bociogênicos, substâncias encontradas naturalmente nos alimentos, podem causar também bócio por bloquear a captura de iodo do sangue pela células da tireóide. Alimentos que contêm bociogênicos: repolho, nabo, sementes de couve, amendoins, mandioca, batata-doce, algas de grande porte e soja. Os bociogênicos são inativados por aquecimento ou cozimento.

Curiosidades sobre o enxofre....

 Enxofre (S) - é encontrado no organismo como constituinte de três aminoácidos: cistina, cisteína e metionina, e de muitas outras moléculas orgânicas. É um macromineral essencial que penetra no organismo sob duas formas: orgânica e inorgânica. Está presente em todas as células do organismo, representando 0,25% do pelo corporal, principalmente nos locais ricos sem aminoácidos sulfurados, como pele, unhas e cabelo.
Função: tem função plástica, pois concorre para a reparação de tecidos e construção de outros. Além de estar presente nas moléculas protéicas, o S está envolvido na formação do coágulo, no mecanismo de transferência de energia e como parte de algumas vitaminas. Também é necessário na formação de mucoproteínas.
Metabolismo: o enxofre liberado do metabolismo das proteínas alimentares é convertido em sulfatos inorgânicos e armazena-se nos ossos, músculos e cérebro.
Excreção: o enxofre é excretado pela urina (80%), unhas, cabelos e bile.
Fontes: as maiores fontes são representadas por proteínas contendo metionina e cistina. É encontrado na carne bovina, de carneiro, de frango, peixe, ovo de galinha, bacalhau, camarão, couve, mostarda, alho, feijão, lentilha, etc.

 Recomendações: segundo a literatura, até o momento, não existem evidências conclusivas sobre a quantidade recomendada de ingestão de enxofre.

domingo, 2 de agosto de 2015

TPM. Como acabar de vez com aquela cólica que deixam as mulheres as vezes irritadas?

Receita de um chá para acabar com a cólica menstrual. Atenção só pode fazer um chá no mês, ou seja um chá a cada cólica menstrual.
Colocar uma xícara de água para aquecer, quando a mesma abrir fervura, pegar 01 colher de orégano e colocar na água, em seguida tomar.
Pronto com esse chá a mulher nunca mais terá cólicas. Se não acabar com as cólicas no primeiro meses repetir o chá nos próximos meses.
Ass. Valtinho Nutricionista

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Hoje é comemorado o dia do diabético

O Diabetes Mellitus é uma doença de etiologia múltipla causada por uma deficiência relativa ou absoluta na produção de insulina, ou pela incapacidade da insulina exercer adequadamente seus efeitos.
Diabetes é uma alteração na produção do hormônio insulina pelo pâncreas ou uma resistência à ação da insulina pelo organismo. É a insulina que ajuda o organismo a transformar a glicose em energia para o funcionamento do corpo humano. A quantidade de insulina liberada depende de quanta glicose é ingerida. Quanto mais alimentos ricos em carboidratos (doces, batata, arroz, macarrão, biscoitos, bebidas alcoólicas) são consumidos, mais o pâncreas precisa  trabalhar.
Quanto mais cedo o diabetes for detectado, mais chances de controlar a doença e de evitar complicações futuras. Desde o nascimento há medidas de prevenção ao diabetes como o aleitamento materno, que evita a alimentação artificial, rica em açúcares desnecessários nesta fase.
Os dois tipos de Diabetes Mellitus mais freqüentes são o Diabetes Mellitus insulino-dependente ou tipo 1 e o Diabetes Mellitus não insulino-dependente ou tipo 2 (Alvarez, Dalgaard e Luescher, 2005)
Edulcorantes
A maioria dos edulcorantes ou adoçantes dietéticos podem ser usados por diabéticos. É importante sempre consultar os rótulos para não fazer uso de produtos com sacarose, para saber a composição do produto e para saber a ingestão diária admissível –IDA.
Adoçante 
Nome comercial
IDA

Kcal/g
Sacarina /ciclamato
Doce Menor, Sucaryl, Adocyl, Assugrin, Dietil, Holda, Suita
5mg/kg/dia
artificial

Ciclamato /sacarina
Doce Menor, Sucaryl, Adocyl, Assugrin, Suita
Proibido em certos países europeus e nos /EUA
sintético

Steviosídeo
Docévia, Stevita
5,5mg/kg/dia
natural
4kcal/g
Acessulfame k
Línea
15mg/kg/dia
artificial

Frutose
Frutose, Frutak, (frutose + ciclamato)
Limitado
Açúcar natural
4kcal/g
Manitol, Sorbitol e Xilitol
Empregados em confeitos, produtos dietéticos e refrigerantes
Limitado porque  possui baixo poder adoçante e são calóricos

4kcal/g
Sucralose
Splenda
15mg/kg/dia
Derivado da sacarose

New Sugar

Ainda não há recomendação


Aspartame
Finn, Sucret, Aspasweet, Doce Menor, Gold, Zero cal, Cristaldiet, Docylow, Sweet, Sweetline.
50mg/kg/dia
sintético
1kcal/g
(Alvarez, Dalgaard e Luescher, 2005)
Produtos dietéticos
Os alimentos dietéticos devem ser avaliados cuidadosamente antes do consumo, uma vez que nem sempre são destinados aos pacientes diabéticos. Parte dos produtos dietéticos não utiliza carboidratos de ação rápida, mas pode conter grandes quantidades de gorduras e de edulcorantes calóricos, aumentando a energia total ingerida no dia e acarretando prejuízos no controle da doença (Alvarez, Dalgaard e Luescher, 2005).
Produtos diet e light não podem ser consumidos à vontade. Diet é substituição de sacarose por adoçantes e light é redução calórica, geralmente por diminuição de gorduras, o que significa que o alimento light pode ter sacarose.
Situações especiais
Hipoglicemia: neste caso, deve-se oferecer balas, açúcar refinado ou bebida com 2 colheres de sopa de açúcar em ½ copo do líquido, para elevar rapidamente os níveis glicêmicos. Se o paciente estiver em coma hipoglicêmico ou se recusar a colaborar, recomenda-se passar açúcar entre a bochecha e a gengiva, massageando-a por fora. Se necessário, aplicar uma injeção de glucagon (1mg) subcutâneo. A consciência retorna em 5 minutos, permitindo um lanche posterior (Alvarez, Dalgaard e Luescher, 2005).
Atividade física: recomenda-se ingerir alimentos de alto índice glicêmico antes dos exercícios porque disponibiliza glicose mais rapidamente como fonte de energia. Por exemplo abacaxi ( IG = 94%), banana ( IG = 100%), banana cozida ( IG = 121%). Veja em anexo, tabelas de índice glicêmico.
Eventos sociais: a criança não deve ser privada de participar de ocasiões festivas. Se o evento social for noturno, ela poderá substituir o jantar. Deve ser orientada para consumir preparações salgadas e sucos naturais quando possível, ou refrigerante diet, evitando preparações doces. Também deve-se fazer o exame de glicemia para aplicação da dose necessária de insulina e para não suprimir a última refeição noturna (ceia) (Alvarez, Dalgaard e Luescher, 2005).


Contagem de carboidratos
A lista de substituição e a contagem de carboidratos são dois métodos muito usados, especialmente na utilização de insulina ultra-rápida e bomba de infusão. Este uso requer um plano alimentar individualizado, estabelecido por um profissional de nutrição treinado em diabetes. O paciente e seus familiares devem ter um grau de instrução para compreenderem os cálculos necessários à consulta de cardápios, listas de alimentos substitutos e pesagem de alimentos, por isso este método é complicado para ser usado em serviços de saúde pública (Lopez, 2004).
As listas de substituição são baseadas nas porções da pirâmide dos alimentos e seus grupos principais s: pães, massas, cereais e leguminosas, devido à presença importante de carboidratos neste grupo; carne e ovos; leite e derivados; frutas, hortaliças e gorduras. Grande parte dos carboidratos provém de três grupos de alimentos: pães e massas, frutas e leites e derivados. As hortaliças contêm menor quantidade de carboidratos. Alimentos do grupo carnes se gorduras contêm pouca quantidade. Assim, a quantidade média de carboidratos em cada grupo de alimentos por porção está na tabela abaixo:
Grupo
Quantidade de carboidratos
Pães, massas, cereais e leguminosas
15
Frutas
15
Leite
12
Vegetais
05
Carne, frango, peixe
00
Gorduras
00
(Lopez, 2004).
A contagem de carboidratos é uma extensão da lista de substituições, porém centrada nos carboidratos, já que estes são os nutrientes que mais influenciam a elevação glicêmica e, por conseguinte, os requerimentos de insulina (Lopez, 2004).

Uma outra maneira de trabalhar com contagem de carboidratos é conhecer os valores absolutos de carboidratos dos alimentos e preparações através de consulta a tabelas de composição, rótulos de alimentos e serviço de atendimento ao consumidor. (Lopez, 2004).
Bibliografia
1.      ALVAREZ, Marlene Merino; DALGAARD, Haline; LUESCHER, Jorge Luiz. Diabetes mellitus na infância. In: ACCIOLY, Elizabeth; SAUNDERS, Cláudia; LACERDA, Elisa Maria de Aquino. Nutrição em obstetrícia e pediatria. Rio de Janeiro: Cultura Médica, 2005. cap. 28. p. 497-510.
2.      LOPEZ, Fábio Ancona; BRASIL, Anne Lise Dias. Nutrição e dietética em clínica pediátrica. São Paulo:Atheneu, 2004. p. 279-291
3.      CHAMPE, Pámela C. Bioquímica ilustrada. Porto Alegre: Arte Médica Sul, 1996. 2 ed. P. 297-307.
4.      www.jped.com.br  Jornal de pediatria. Rio de Janeiro: 2003. Acesso em: 3 nov. 2006 às 14:00h.
5.      GABBAY, Mônica; CESARINI, Paulo R.; DIB, Sérgio A. Type 2 diabetes in children and adolescents: literature review. www.jped.com.br  Jornal de pediatria. Rio de Janeiro: 2003. Acesso em: 3 nov. 2006 às 15:00h.
6.      DOROSZ, Philippe. Tabelas de calorias e regimes de emagrecimento. Barueri: Manole, 2006.
7.      OLIVEIRA, Reynaldo G. Black book pediatria. 3 ed. Belo-Horizonte: Black Book, 2005. 

Magnésio

Magnésio (Mg) - é o segundo cátion intracelular mais abundante (após o potássio) no corpo. O organismo do ser humano adulto contém aproximadamente 20 a 28g de magnésio, dos quais cerca de 60% se encontram nos ossos, 26% nos músculos e o restante nos tecidos moles e fluidos corporais.
Função: a principal função do magnésio é estabilizar a estrutura do ATP nas reações enzimáticas dependentes do ATP. O magnésio é um co-fator para mais de 300 enzimas envolvidas no metabolismo de componentes alimentares e na síntese de muitos produtos. Entre as reações que necessitam de magnésio estão a síntese de ácidos graxos e proteínas, a fosforilação da glicose e seus derivados na via glicosídica e as reações da transcetalase.
Metabolismo: observação feita durante estudos experimentais e durante deficiência clinica são as bases desse esquema das alterações durante a deficiência e a repleção. O fator iniciador parece ser uma falha do intercambio heteriônico normal de cálcio ósseo por magnésio na superfície mineral óssea lábil. A administração de magnésio adequado, as concentrações séricas de magnésio elevaram rapidamente, presumivelmente com troca heteriônica aumentada de cálcio, mas com pouca ou nenhuma alteração detectável no cálcio circulante nessa fase inicial circulante nessa fase inicial.
Excreção: o magnésio pode ser absorvido ao longo de toda a extensão do intestino delgado, mas a maior parte da absorção ocorre no jejuno. Os rins controlam o equilíbrio de magnésio pela conservação eficiente do mesmo, quando a ingestão é baixa.
Hipermagnesemia: comumente é devida à insuficiência renal aguda e crônica. O uso de sulfato de magnésio como catártico em pacientes com função renal deficiente pode acarretar toxicidade grave, assim como a ingestão de antiácidos contendo magnésio.
Hipomagnesemia: esse mineral é armazenado nos ossos. Estados carenciais primários são raros. Encontrada algumas vezes quando se faz suporte nutricional artificial. Ao nascer, o corpo humano contém cerca de 500mg de Mg, sendo que o organismo adulto chega a ter cerca de 40g, sendo 24 nos ossos.
Fontes: as principais fontes alimentares são: hortaliças, legumes, alimentos do mar, castanhas, cereais e produtos lácteos. Também é encontrado na água potável na proporção de 1 para 16ppm.
Recomendações: a ingestão recomendada de Mg varia entre 280 e 350mg/dia .

Curiosidades: a baixa de magnésio ocorreu em crianças com ingestões alimentares inadequadas em associação com má absorção, vômito e ou diarréia persistente e infecção.  O magnésio sérico foi constatado baixo em uma proporção importante dessas crianças em vários estudos na África, enquanto em um estudo na América central 50% dos valores de magnésio sérico estavam abaixo que o normal.
Bibliografia

1.      DUTRA DE OLIVEIRA, José Eduardo; MARCHINI, J. Sérgio. Ciências Nutricionais. São Paulo:
2.      NETO, Faustino Teixeira. Nutrição Clínica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S.A., 2003.
3.      FRANCO, Guilherme. Tabela de composição química dos alimentos. 9. ed. São Paulo: Atheneu, 2004. 307 p.
4.      MAHAN, L. Kathleen; ESCOTT-STUMP, Sylvia. Alimentos, nutrição & dietoterapia. 11. ed. São Paulo: Roca, 2005. Tradução de: Krause's food, nutrition & diet therapy.

5.      SHILS, Maurice E. et al. Tratado de nutrição moderna na saúde e na doença. 9.ed. Trad. FAVANO, Alessandra et al. São Paulo: Manole, 2003.

Cobre

Cobre: (Cu) o organismo humano contém cerca de 75-150mg de cobre, que se distribuem pelo fígado, ossos, coração, rins e sistema nervoso, sendo pequena a quantidade encontrada no plasma em combinação com proteínas. O cobre é um micronutiente essencial encontrado normalmente no sangue.
Funções: por suas ações bioquímicas, o cobre é essencial para o funcionamento adequado dos mecanismos de defesa imunológica, para a manutenção de leucócitos e hemácias, o transporte de ferro, o metabolismo da glicose e do colesterol, a contractalidade miocárdia e o desenvolvimento cerebral, além da formação e resistência óssea e crescimento e desenvolvimento das crianças.
Metabolismo: a absorção do cobre ocorre no intestino delgado. A entrada na superfície da mucosa é pela difusão facilitada e a saída na membrana é por transporte ativo, porém a difusão facilitada também pode ocorrer. Dentro das células intestinais de absorção, os íons cobre estão ligados à metalotioneína com afinidade maior que ao zinco ou outros íons.há evidências de que a quantidade de cobre absorvido é regulada pela quantidade de metalotioneína nas células da mucosa. A fibra e o fitato, conhecidos por afetar a biodisponibilidade de vários minerais, podem inibir levemente a absorção de cobre.
Excreção: Uma vez no trato gastrointestinal, o cobre se torna parte do pool que pode ser reabsorvido ou excretado, dependendo da necessidade corporal desse mineral.
Hiper: a toxicidade de cobre pelo consumo de alimentos é considerada impossível, porém a toxicidade por suplementação excessiva ou por sais de cobre utilizados na agricultura já foi relatada. A cirrose hepática geralmente se desenvolve por ingestões tóxicas e também ocorrem anormalidades na formação de hemácias.
Hipo: a deficiência de cobre é caracterizada por anemia , neutropenia e anormalidades esqueléticas, especialmente desmineralização. Também pordem ocorrer outras alterações: hemorragias subperiosteais, despigmentação do cabelo e pele e formação de elastina defeituosa.
Fontes:  
Recomendações: 0,9mg/dia para adolescentes e adultos de ambos os sexos. A ingestão de cobre deve variam entre 200-220 µg/dia para bebês e entre 340-440 µg/dia para crianças pequenas. Os bebês prematuros nascem com baixas reservas de cobre e podem necessitar de cobre da dieta adicional durante seus primeiros meses de vida.

Curiosidades: a Doença de Wilson (degeneração hepatolenticular)é caracterizada por acúmulo de cobre em excesso nos tecidos corporais, como olhos, como resultado de deficiência genética na síntese hepática de ceruloplasmina. Uma dieta estrita vegetariana pode ser benéfica no tratamento de pacientes com Doença de Wilson, devido ao baixo teor de cobre em frutas e vegetais.
Bibliografia

1.      DUTRA DE OLIVEIRA, José Eduardo; MARCHINI, J. Sérgio. Ciências Nutricionais. São Paulo:
2.      NETO, Faustino Teixeira. Nutrição Clínica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S.A., 2003.
3.      FRANCO, Guilherme. Tabela de composição química dos alimentos. 9. ed. São Paulo: Atheneu, 2004. 307 p.
4.      MAHAN, L. Kathleen; ESCOTT-STUMP, Sylvia. Alimentos, nutrição & dietoterapia. 11. ed. São Paulo: Roca, 2005. Tradução de: Krause's food, nutrition & diet therapy.
5.      SHILS, Maurice E. et al. Tratado de nutrição moderna na saúde e na doença. 9.ed. Trad. FAVANO, Alessandra et al. São Paulo: Manole, 2003.

Zinco

Zinco: (Zn) as maiores concentrações corporais estão na musculatura esquelética (57%), ossos (29%), pele (6%) e fígado (5%), mas as secreções e fluidos corporais também contêm zinco.
Funções:
- estruturaisé altamente concentrado em determinadas áreas cerebrais, retina, fígado, rins, próstata, músculos, cabelos e ossos. O zinco funciona como detrminante da forma e disposição espacial de enzimas e proteínas, assim como na estabilização de certas proteínas ligadas ao DNA.
- enzimáticas: aproximadamente 300 enzimas requerem zinco para sua atividade, dentre as quais centenas de nucleoproteínas que estão envolvidas na expressão gênica.
- regulatórias: o zinco é captado ativamente pelas vesículas sinápticas, atuando na atividade neuronal e na memória. É um fator de crescimento necessário para a síntese protéica, replicação dos ácidos nucléicos, divisão celular, metabolismmo da somatomedina, modulação da prolactina, ação da insulina e hormônios do timo, tireóide, suprarenal e testículos. É necessário para o funcionamento adquado de linfócitos e fibroblastos, o que o torna essencial na defesa imunológica e na cicatrização.
Metabolismo: a quantidade de zinco absorvido da alimentação constitui a principal forma de seu controle corporal. É absorvido ao longo de todo o intestino delgado particularmente no jejuno, através da mediação de carreadores localizados na borda “em escova” do enterócito (atuante para baixas concentrações luminais de zinco) e de difusão passiva. O zinco liga-se à metalotioneína citoplasmática, podendo ser usado pelo enterócito ou passar para a a circulação portal, onde é transportado pela albumina. Eventualmente o zinco é perdido nas fezes, junto aos enterócitos descamados na renovação celular da mucosa. Basicamente a quantidade de zinco corporal é mantida constante no indivíduo adulto pela eficiência da absorção intestinal e pelas perdas fecais de zinco excretado nas secreções digestivas e na descamação do epitélio da mucosa intestinal. A absorção do zinco aumenta quando seus níveis corporais começam a diminuir e vice-versa.
Excreção: o zinco é absorvido e transportado ao fígado pela albumina e daí para outras vísceras, principalmente ligado à albumina, aminoácidos, ou à α2-macroglobulina; a principal forma de eliminação do zinco corporal é pelas fezes, mesmo após longo período de dieta sem zinco, a excreção fecal atinge aproximadamente 1mg/dia. Em condições normais, apenas 400-600µg de zinco/dia são secretados na urina. Em situações anormais, a sudorese excessiva ou as perdas sangüíneas também podem ser importantes.
Hiper: a ingestão de quantidades tóxicas de zinco (100 a 300mg/dia) é rara, mas sabe-se que a suplementação excessiva com zinco interfere na absorção de cobre. Uma forma de toxicidade por zinco desenvolve em pacientes que estão recebendo hemodiálise para insuficiência renal. A toxicidade é caracterizada por anemia, febre e distúrbios do sistema nervoso central. (Mahan, 2005).
Hipo: a deficiência do zinco é causada por uma dieta rica em cereais não refinados e pães não fermentados, que contêm altos níveis de fibra e fitato, os quais se quelam com o zinco no intestino e impedem a absorção. Além de anemia, outros sintomas da deficiência de zinco são: hipogeusia (menor acuidade do paladar), cura demorada de ferimentos, alopecia e diversas formas de lesões de pele. A deficiência de zinco adquirida pode ocorrer como resultado de má absorção, inanição ou aumento de perda por via urinária, pancreática ou outras secreções exócrinas (Mahan, 2005).
Fontes: as principais fontes alimentares de zinco são as carnes bovinas, de frango e peixe, camarão, ostras, fígado, grãos integrais, castanhas, cereais, legumes e tubérculos. Frutas, hortaliças e outros vegetais em geral são fontes pobres em zinco. A interação do zinco com outros nutrientes da alimentação pode aumentar ou diminuir sua absorção.
Recomendações: o ser humano requer zinco em quantidades suficientes para manter o funcionamento adequado do organismo, além de seu crescimento, reprodução e lactação.

Curiosidades: as doenças do trato gastrintestinal freqüentemente são complicadas por deficiência de zinco. A ruptura de integridade do trato gastrintestinal reduz a absorção anormal do zinco.
Bibliografia

1.      DUTRA DE OLIVEIRA, José Eduardo; MARCHINI, J. Sérgio. Ciências Nutricionais. São Paulo:
2.      NETO, Faustino Teixeira. Nutrição Clínica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S.A., 2003.
3.      FRANCO, Guilherme. Tabela de composição química dos alimentos. 9. ed. São Paulo: Atheneu, 2004. 307 p.
4.      MAHAN, L. Kathleen; ESCOTT-STUMP, Sylvia. Alimentos, nutrição & dietoterapia. 11. ed. São Paulo: Roca, 2005. Tradução de: Krause's food, nutrition & diet therapy.
SHILS, Maurice E. et al. Tratado de nutrição moderna na saúde e na doença. 9.ed. Trad. FAVANO, Alessandra et al. São Paulo: Manole, 2003.